É cheguei em mais um fim de temporada, minha 11ª temporada. Fui feliz esse ano curti bastante, superei má fase, fiz bolas importantes, errei bolas ridículas, vivi tudo o que o basquete pode proporcionar a alguém.
Chegando em mais um fim de ano começo a pensar sobre a minha vida daqui pra frente, varias possibilidades, mas nada concreto, muitas incertezas, e isso é um grande problema.
Eu creio que Deus desenha ou seja trilha um caminho para cada um de nós, fico pensando se meu caminho acabou já faz um tempo e eu não percebi, se esta acabando agora, se estou apenas começando ou se já estou pelo menos na metade dele.
Me dediquei a vida toda a uma coisa só, tudo bem que no ultimo ano talvez não tenha me dedicado tanto quanto de costume e sei que o basquete não perdoa quem não se dedica por isso passei pelas coisas que passei esse ano, no entanto reconheço que não sei fazer outra coisa, não tenho um plano B, e se tivesse que deixar de viver esse sonho, esse trabalho, seria como deixar de ser quem eu sou, perder minha identidade. Basquete me deu tudo que eu tenho, dignidade, personalidade, caráter tudo. Pra falar a verdade logico que aprendi muita coisa com a minha família, mas se eu fosse fazer um calculo de tempo, em 12 anos de basquete, eu passei 10 dentro de quadra, e 2 com a minha família ou seja o basquete praticamente me criou.
Como diria Edy Rock: " Será instinto ou consciência viver entre o sonho e merda da sobrevivência?" Esse ano essa questão bateu mais forte pra mim.
